Turismo no Brasil | Experiência na Rota do Café - Rota do Café Londrina e Região

As saídas em grupos são realizadas uma vez por mês e incluem transporte, guias especializados e seguro.

Uma paixão, um roteiro fora do convencional e muitas dicas para compartilhar.

A Rota do Café do Paraná ainda não é tão conhecida como outras atrações de turismo no Brasil, mas tem muito a oferecer para quem ama café e viagens. Vem saber mais sobre essa experiência!

Antes de começar, tenho uma pequena confissão.

Me senti culpada por conhecer o Eje Cafeterona Colômbia, sem ao menos ter visito uma plantação de café no sul de Minas ou no interior de São Paulo — tão perto de onde eu morava antes de me aventurar pelo mundo.

Já rodei tanto por nosso país antes de lançar o Pratserie… mas o blog começou quando eu estava fora, com histórias sobre mudança de carreira, estilo de vida e CEPs internacionais.

Por isso, escolhi um tema que sempre me conectou ao Brasil para inaugurar as postagens sobre minhas experiências por aqui.

Foi assim que essa jornada “cafezística” surgiu no meu radar…

café no coador de pano e jornal @pratserie

E por quê incluir uma mini-viagem como esta no SEU radar?

Bom, o Brasil é campeão mundial na produção e exportação de café. Só que não é comum alguém de fora desse agronegócio ter acesso a tudo que envolve a transformação dos grãos em nossa amada bebida. Do pé à xícara.

Pense em um blend de turismo rural, viagem econômica, imersão e diversão, tudo regado a muito café do bom.

E ainda vou dar outros motivos para que você experimente este roteiro turístico fora do convencional:

Top 5 | Experiências na Rota do Café

Esta lista não segue uma ordem de preferência. A ideia é mostrar como você pode ter um ótimo painel sobre a cultura cafeeira com a soma destas atividades — que podem ser adaptadas para casais ou grupos, inclusive com crianças.

Vamos lá?

#1 Vivência em uma fazenda de café

No site oficial da Rota do Café paranaense, dá para agendar visitas a 3 fazendas nas proximidades de Londrina, com distâncias variando entre 50 e 180 km da cidade.

Escolhi a Fazenda Palmeira pela proposta de uma vivência, em vez de atividades pré-programadas, e pelo acesso a um estilo de cultivo bem diferente do que vi na viagem à Colômbia.

máquina de colheita de café @pratserie
Máquina para colheita do café @pratserie

Lotei a proprietária de perguntas e ela foi me contando a saga pelo caminho, da descoberta das terras por seu avô suíço até a formação do bem-sucedido modelo de negócio atual — passando por altos e baixos, erros e acertos, sempre com muita paixão por aqueles cafezais.

Cornélia Gamerschlag me apresentou os maquinários, as soluções de sustentabilidade e o estilo de vida na fazenda, tudo de acordo com minha curiosidade. E ainda pude subir em árvore, percorrer as plantações e aprender muito com a mão na massa terra.

Fui em época de seca e a chuva veio dias depois, gerando uma nova florada nos pés de café. Animada, Cornélia, me enviou aquela foto linda que inclui na montagem lá de cima.

plantação de café no Paraná @pratserie

#2 Visita a uma corretora de café

Uma experiência inusitada e, provavelmente, exclusiva. Não vi em nenhum roteiro de tours de café e nunca soube de alguém de fora do mercado que tenha vivenciado o cotidiano de uma corretora.

😊

Muito menos com as ótimas explicações que tive por lá 

No período da visita pela A Rural Corretora de Café, no centro de Londrina, dá para entender como é a negociação dos grãos e qual a importância da cafeicultura na economia da região e do país.

E não fica só na conversa…

Ali a gente também faz testes na mesa de prova, aprendendo a usar os sentidos ao sorver e cuspir cada amostra para identificar eventuais problemas no café.

Mas na hora do “vamos ver”, o ideal é não pensar muito na técnica — pois isso seria como dançar contando os passos mentalmente.

prova de café @pratserie

#3 Dos bastidores ao show: torra, cupping e degustação de café

Depois de acompanhar o caminhos dos grãos de café até o mercado de exportações, nada como vê-los brilhando em um dos mais famosos “palcos” de Londrina: O Armazém Café.

Na oficina com a barista Cristina Maulaz, a gente pode conhecer os bastidores de sua cafeteria, onde os grãos se transformam em bebida.

análise sensorial do café @pratserie
torrefação n'O Armazen Café @pratserie

Cercada por equipamentos e livros sobre café, acompanhei o passo a passo da torrefação aproveitando as explicações e observando os resultados a cada minuto.

Depois, exercitei meus sentidos para perceber melhor os aromas e sabores no momento do Cupping, que é diferente da mesa de prova porque visa identificar os atributos de um café com qualidade já comprovada — em vez de procurar por defeitos, como acontece na corretora.

A experiência ficou ainda mais completa com a degustação de um mesmo tipo de café em diferentes métodos de preparo. Um verdadeiro show!

degustação de cafés O Armazen Cafe @pratserie

#4 Mergulho na tendência do café gelado

Realizada na famosa Sávio Sorvetes de Londrina, a oficina com a barista Fernanda Correa é uma ótima pedida para refrescar as ideias e fechar o ciclo sobre o percurso dos grãos de café.

É hora de ir fundo nas experiências e conhecer inovações como o Cold Brew, o café preparado a frio. Esta é uma forte tendência no Japão, Estados Unidos e em diversos pontos da Europa.

Nesses países, as pessoas apreciam o café gelado e ainda curtem a mistura com outros ingredientes de propriedades termogênicas para melhorar a performance na academia.

oficina de drinks gelados com café @pratserie

Fernanda está lançando sua própria linha desse tipo de bebida, e nos convida a provar diversos drinques não alcoólicos feitos com café — do expresso tônica às suas versões de Cold Brew saborizado, passando por deliciosas combinações com sorvete.

Agora imagina o sucesso disso tudo no calorão que faz por aqui e com a incrível diversidade de cafés especiais que temos no Brasil….

Dica: peça para a Fernanda ensinar uma técnica simples para você fazer Cold Brew em casa.

#5 Natureza, beleza & muito café no bule

Bora pensar fora da xicarazinha? Como você acaba de ver, as experiências temáticas vão além do óbvio na Rota do Café do Paraná. Tem até tratamento de beleza, como a esfoliação com café e massagem facial da esteticista Vandrea Zanin.

E quer coisa mais gostosa do que conversar sobre sustentabilidade e estilo de vida em volta um bule de café?

vivência na Chácara Marabu @pratserie

Uma mesa farta nos espera depois da trilha pela Chácara Marabu, guiada pelo ambientalista Adrian Saegesser. Ali há mais de cem espécies de árvores nativas, animais silvestres e uma refrescante queda d’água.

A chácara também funciona como uma pequena pousada, com chalés rústicos e um galpão que é usado como cinema. E sua sede é decorada com grandes caixas de carga, com as quais a família de imigrantes suíços desembarcou no porto de Santos.

Adivinha se eu não quis saber sobre todas as histórias da dona Úrsula, mãe do Adrian…

o sorriso de dona Ursula @pratserie

Detalhe: mãe e filho são veganos desde o nascimento, nunca comeram carne na vida e sempre cuidaram com carinho de tudo que é plantado e preparado na chácara.

Dá para entender por que os leites vegetais, patês e geleias que a gente prova (e pode comprar) por lá são tão deliciosos?

Monte seu próprio roteiro

O bacana desta opção de turismo no Brasil é que a gente realmente vivencia os processos. E você pode montar o roteiro do seu jeito, no seu ritmo — com direito a muitas paradas para o cafezinho.

Espero que minhas dicas sirvam de inspiração para seus próximos planos de viagem!

Beijos, Prats

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